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Normas
- ABNT NBR 5410
- ABNT NBR IEC 61439
- ABNT NBR IEC 62208:2013
- NR-10
- ABNT NBR 11003
- ABNT NBR 10443
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Especificações Técnicas
Em todo projeto antes de ser iniciado existe uma especificação técnica que deve ser lida e compreendida, ela definira todas as informações necessárias para que o projeto esteja atendendo todos os critérios e padrões da subestação.
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Projeto
Os projetos são desenvolvidos de acordo com a configuração necessária para suprir o sistema e com as condições proposta pelo cliente.
O primeiro ponto é verificar o numero das fontes de entrada disponíveis pela subestação, podendo ser:
- Fonte proveniente das próprias unidades geradoras;
- Fonte proveniente de uma rede externa (normalmente do sistema de distribuição mais próximo);
- Fonte de emergência constituída por um grupo motor diesel gerador ou mais.
Além das fontes principais, também podemos ter fontes alternativas que garantem o constante fornecimento de energia para as cargas essenciais durante o tempo gasto na transferência entre Rede e Gerador,por exemplo, uma UPS.
Após definido as fontes, o projeto é desenvolvido considerando os níveis de tensão e o paralelismo necessário entre as redes e geradores, fazendo com que as cargas essenciais sempre fiquem alimentadas, garantindo assim que o sistema seja confiável.
As cargas geralmente são definidas em dois tipos, as essenciais e as não essenciais.
- As essenciais são as cargas que não podem ser desligadas, elas alimentam as cargas principais que farão o controle e a supervisão da subestação.
Essas cargas geralmente são: Sistemas de proteção, sinalização, carregadores de baterias, retificadores, registradores gráficos, iluminação essencial, entre outros.
- Já as cargas não essenciais, são as que podem ser desligadas por um período de tempo que não irão influenciar no funcionamento da subestação.
Segue alguns exemplos: Iluminação de pátios, tomadas de uso geral, aquecimento de equipamentos, refrigeração de transformadores, condicionamento de ar, entre outros.
Os projetos são desenvolvidos atendendo todas essas condições, todas as normas, de forma que não haja problemas quando os painéis estiverem instalados e prontos para operação.
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Montagem Mecânica
Para a montagem das estruturas, seguimos a norma ABNT NBR IEC 62208:2013.
As configurações padrões utilizadas na fabricação dos painéis geralmente não variam.
Espessura das chapas:
- Estrutura: 12 MSG (2,657 mm);
- Portas externas: 14 MSG (1,897 mm);
- Tampas de fechamento: 14 MSG (1,897 mm);
- Placas de Montagem: 14 MSG (1,897 mm).
Algumas outras características construtivas são:
- Grau de Proteção: IP 42 ao IP54;
- Limite de abertura de porta: 90 a 120°;
- Olhais de suspensão: M10;
- Fundo: Tripartido.
Pintura
- Realizada a Pó ou líquida, a depender dos padrões exigidos pelo cliente.
- A espessura de camada varia entre 80 a 140 Micras, podendo trabalhar com valores maiores, caso seja necessário.
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Montagem Elétrica
É onde iniciamos as instalações dos componentes elétricos nas placas de montagem. Eles serão instalados conforme leiaute definido durante a fase do projeto, caso seja necessária alguma alteração, o cliente será informado, juntamente com motivo e com projeto revisado.
Após a instalação dos componentes, inserimos os barramentos no circuito de potência, que podem ser ou em cobre nu, ou com tratamento em nitrato de prata.
Já na fase dos cabos, obedecemos ao padrão de cores definidos na especificação técnica. Os destinos serão conforme o circuito funcional e a tabela de fiação aprovada.
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Ensaios Elétricos
Os ensaios são realizados conforme as normas ABNT NBR 5410 e ABNT NBR IEC 61439. O Plano de inspeção e teste (PIT) da Nery Engenharia aborda todos os conceitos necessários exigidos pelas normas, dessa forma são verificados todos os pontos abaixo:
1.1. Verificações Visual e Dimensional
- Acabamento, aspecto e limpeza;
- Conformidade dos componentes, código e fabricante;
- Lista de plaquetas ( tipo de material, tamanho e inscrição);
- Anilhamento conforme documentos (tipo, fabricante);
- Dimensões principais (Largura x Altura x Profundidade);
- Acabamento/pintura: espessura de camada, tipo de cabine, alinhamento de portas, tipo de fechadura, atuação micro fim de curso.
1.2. Verificação da Fiação, Teste de Operação Elétrica e Mecânica.
- Verificação de bitola e cores da fiação (corrente, tensão, comando).
- Verificação de tipos de terminais, e teste manual de prensagem;
- Verificação do circuito de corrente;
- Verificação do circuito de tensão;
- Verificação do circuito de comando;
- Verificação dos intertravamentos elétricos e mecânicos;
- Verificação do circuito de sinalização, alarmes;
- Verificação do circuito de iluminação e aquecimento.
1.3. Verificação das Medidas de Proteção e Segurança Elétrica.
- Existência de conector e barra de aterramento;
- Existência de cordoalha de aterramento nas portas,tampas e rodapés;
- Existência de proteção contra contatos acidentais diretos e indiretos.
1.4. Tensão Aplicada a Frequência Industrial.
Aplicar segundo as recomendações da norma, durante um minuto 2000V eficazes, com uma corrente de 10 mA, com isso verificamos se a fiação atende aos valores de isolamento de acordo com a classe especificada.
A aplicação será feita:
- Entre um circuito e a terra ou entre circuitos independentes;
- Entre os terminais de um circuito de saída (contato Aberto).
1.5. Resistência de isolação
A resistência de isolação deve ser medida antes e depois dos ensaios de tensão aplicada. Os valores das medições devem ser sempre superiores a 10Mohms.
Para aplicar devemos considerar os níveis de 1500V por um minuto, na frequência de 60Hz, caso haver diferenças de isolamento superior a 50% entre a primeira e a segunda medição, então as causas desta variação deverão ser verificadas.